Premiado em sucessivos festivais internacionais (catorze prémios em cinco festivais, desde as classes de solistas às de “Grande Coro Misto”), designadamente em Llangollen, País de Gales (1981), Neuchâtel, Suíça (1987), Teeside, Norte de Inglaterra (1970, 1986, 1990), o Coral de Letras da Universidade do Porto (CLUP)
- realizou centenas de concertos em Portugal;
- efectuou digressões por Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Alemanha;
- participou como convidado nos festivais não competitivos de Marselha, Lucarno e Burgas (Bulgária), no Europália-91 (Huise, Gent e Bruges), Karpenissi (Grécia), Pontevedra, Vigo, Ferrol (Galiza), no Internationales Chor-fest “Franz Schubert”, comemorativo dos 200 anos do compositor (Viena – 1997), no Festival Mundial de Coros de Puebla (México – 2002) e, em Portugal, no Festival de Vilar de Mouros, no Festival “Sequeira Costa”, no Festival Internacional da Costa do Estoril, no Festival do Palácio da Bolsa, no Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, nos festivais internacionais de coros universitários de Coimbra e Braga, no 1º Ciclo de Música Sacra de Viana do Castelo, no Porto 2001 Capital Europeia da Cultura e no Programa de Abertura da Casa da Música do Porto, instituição com a qual colaborou regularmente enquanto não dispôs ela do seu próprio Coro.
A actividade do CLUP alimenta-se, naturalmente, do repertório a-cappella de todas as épocas e também de géneros como a cantata, o oratório, a música coral sinfónica, num leque de estilos tão vário e tão distante quanto Jephté, de Carissimi e Dies Irae, de Penderecki, passando por Buxtehude, Bach (várias cantatas, Oratório de Natal,) Haydn (Stabat Mater, “A Criação”), Mozart (Requiem, Davidde Penitente) Bomtempo (Quatro Absolvições, em primeira audição moderna), Beethoven (Nona Sinfonia), Mendelssohn (Sonho de Uma Noite de Verão), Fauré (Requiem), Janacek (ópera A Raposinha Matreira), Prokofiev (Cantata para o Vigésimo Aniversário da Revolução de Outubro), Britten (Cantata Misericordium, The Prodigal Son, War Requiem), Fernando Lopes-Graça (Requiem pelas Vítimas do Fascismo em Portugal, Victorino d’Almeida (Sinfonia Concertante), Fernando C. Lapa (no coração do Porto).
Actuou, assim, com a Orquestra Sinfónica do Porto, Orquestra Filarmónica de Moscovo, Régie Sinfonia, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra Artave, Orquestra Esproarte, Birmingham Opera Company, Remix Ensemble, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Barroca da Casa da Música e outras várias formações, sob a direcção dos maestros Gunther Arglebe, Álvaro Salazar, Graça Moura, António Soares, Silva Pereira, Ferreira Lobo, Osvaldo Ferreira, Joana Carneiro, Dimitri Kitaenko, Mark Stephenson, Pietro Bellugi, Omri Hadari, Tim Lole, Martin André, Marc Tardue, Jaap ter Linden, Yves Abel e do seu próprio Director Artístico.
Mas é a música portuguesa que ocupa, por princípio, o lugar de relevo nos seus programas, assumindo aí especial importância quer a polifonia dos séculos XVI a XVIII, quer a obra de vários compositores do séc. XX e XXI, com destaque para a de Fernando Lopes-Graça, de que produziu algumas primeiras audições.
Nesse contexto se integra a gravação, para a PoRTuGALsom, a convite do compositor, de um cd inteiramente preenchido com obras suas por ele mesmo escolhidas, e, para a RTP, da série das Onze Encomendações das Almas, com realização de Correia Alves, bem como a estreia das obras: 6 Chorsätze für gemischten Chor, nach Gedichten von Eduard Mörike, de Filipe Pires; Motetes para um Tempo de Paixão, de Eurico Carrapatoso (ciclo dedicado ao CLUP), no âmbito do 1º Ciclo de Música Sacra de Viana do Castelo; cantata no coração do Porto, de Fernando C. Lapa, criada para o Centenário da Universidade do Porto, efeméride a que se destinou também Uma Antologia (Im)Possível, colhida nas XXIV séries de Canções Regionais Portuguesas e nas duas Cantata(s) do Natal de Fernando Lopes-Graça – o mais recente registo discográfico do Grupo.
Está, neste momento, envolvido no projecto de um novo registo discográfico, voltado ainda para a obra de Fernando Lopes-Graça, que incluirá algumas das Heróicas, obras a-cappella e Canções Regionais Portuguesas.
Mas a sua versatilidade é também sublinhada pela disponibilidade com que tem vindo a responder a apelos de outras e muito diversas índoles, traduzindo-se:
- na presença sistemática nas comemorações do “25 de Abril”, na Baixa do Porto (desde o 1º aniversário da Revolução);
- na participação em actos vários, comemorativos da Revolução Francesa, por altura do Bicentenário, com cantos da época;
- na participação, igualmente com música da época, na reconstituição de feiras medievais;
- na realização de concertos em torno da opereta na obra de Eça de Queirós;
- na participação em sessões de homenagem a personalidades marcantes da vida pública portuguesa, como Abel Salazar, Rui Luís Gomes, Fernando Lopes-Graça, Óscar Lopes, D. Domingos de Pinho Brandão, ou nos doutoramentos “honoris causa” de Mário Soares, Manoel de Oliveira, Xanana Gusmão, Ramos Horta, Ximenes Belo, entre outros;
- na frequência com que é solicitado a contribuir para a solenidade de sessões do mais variado tipo;
- na participação nos megaconcertos de encerramento da primeira grande digressão nacional de Pedro Abrunhosa e dos Bandemónio;
- na participação na dobragem da banda sonora d’ “O Corcunda de Notre Dame” da Walt Disney;
- na participação na banda sonora do filme “Capitães de Abril” de Maria de Medeiros.
O Coral de Letras da Universidade do Porto, instituição de utilidade pública, foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura e tem o apoio da Reitoria da Universidade do Porto.
É dirigido, desde a fundação (1966) por José Luís Borges Coelho.