José Luís Borges Coelho
José Luís Borges Coelho é diplomado com o Curso Superior de Canto (classe da Prof.ª Fernanda Correia) do Conservatório de Musica do Porto, tendo aí estudado composição com Jorge Peixinho e Filipe Pires.
É também licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1968).
Leccionou História da Música, Composição, Canto, Técnica Vocal, Direcção Coral e Prática Coral, em diversas instituições dedicadas ao ensino especializado da música e do teatro, tendo sido também professor de Português, História, Introdução à Sociologia, Introdução à Política, em diversas escolas preparatórias e secundárias do Grande Porto.
Foi Presidente do Conselho Directivo do Liceu Alexandre Herculano, do Conservatório de Música “Calouste Gulbenkian”, de Braga, Director Pedagógico da Academia de Música de Viana do Castelo e da Cooperativa de Ensino Superior Artístico “Árvore” e presidiu ao Conselho Científico da ESMAE — Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto.
Integrou, entre 1975 e 1980, o primeiro Núcleo de Inspecção da Zona Norte do Ensino Secundário e desempenhou, mais tarde, as funções de técnico do Ministério da Educação para a área da música no Gabinete do Ensino Técnico, Artístico e Profissional (GETAP), responsável pela criação das escolas profissionais de música a cuja configuração curricular esteve intimamente ligado.
Dirigiu o Coro Misto Sacro de S. Tarcísio, o Orfeão do Porto, o Coro do Círculo Portuense de Ópera (1983- 1994), que preparou para a apresentação de algumas das grandes obras do repertório operístico, coral e coral sinfónico e dirige, desde a sua fundação (1966), o Coral de Letras da Universidade do Porto.
Orientou “atéliers” de música de autores portugueses, na Semana Coral Internacional de Lisboa, na II Semana Coral Internacional de Évora, no Festival Internacional “Costa Azul”, nas Jornadas Eborae Musica.
Colaborou com o Teatro Experimental e com a Seiva Trupe, criando música original para Frei Luís de Sousa, Os Amores de D. Perlimplim com Belisa em Seu Jardim e Morgado de Fafe Amoroso.
É o autor do arranjo para piano do tema mais recorrente da película Inquietude, bem como da música original de Cristóvão Colombo, o Enigma, de Manoel de Oliveira.
Prestou colaboração, durante vários anos, ao Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim e, pontualmente, a outras entidades, como o Centro Cultural de Belém, Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Auditório de Serralves, Festival dos Capuchos, bem como a edições discográficas, escrevendo as notas de programa.
Em curso, tem a revisão da edição das vinte e quatro séries de Canções Regionais Portuguesas de Fernando Lopes Graça.
Tradutor de Erasmo, de Huizinga, para a Portugália Editora (Lisboa), Autómatos, Automatismo, Automação, de Pierre Deveux, e Didáctica da Escola Activa, de Francesco da Bartolomeis, para a editora Livros Horizonte (Lisboa).
Membro do Grupo de Estudos do Pessoal Docente, no começo dos anos 70 (embrião do que viria a ser, depois do 25 de Abril, o Sindicato dos Professores da Zona Norte).
Membro fundador do Sindicato dos Professores da Zona Norte.
Membro fundador do Sindicato dos Professores do Norte, a cuja Mesa da Assembleia-Geral pertenceu durante vários anos.
Membro fundador e 1º Vice-Presidente da APEM – Associação dos Profissionais do Ensino da Música.
Membro do Gabinete de Imprensa do MDP/CDE, na farsa eleitoral marcelista de 1973.
Várias vezes candidato a deputado pelas listas da APU e da CDU, por proposta do PCP.
Membro da Assembleia Municipal de Murça, pela APU (Início dos anos 80).
Várias vezes delegado a Congressos do PCP.
Membro do Sector Intelectual da DORP do PCP; por várias vezes, também da sua direcção.
Membro do Conselho Regional do PCP.
Membro da Assembleia Municipal de Porto, na bancada da CDU.
Membro dos Conselhos Gerais: da extinta Culturporto; da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto, em representação da Assembleia Municipal; do Instituto Politécnico do Porto e do Conservatório de Música do Porto, em representação da Fundação Casa da Música; Da Cooperativa Árvore.
Integrou o Conselho de Administração da Sociedade Porto 2001, bem como o Conselho de Administração da Fundação Casa da Música (2006-2013).
Foi-lhe atribuído o Galardão de Mérito Associativo pela Associação das Colectividades do Concelho do Porto.
A Câmara Municipal do Porto atribuiu-lhe a Medalha de Mérito, Grau Ouro.